sábado, 7 de abril de 2007

INFÂNCIA NO HAITI É ALVO DE UMA POLÍTICA INTERNACIONAL MORTAL



As crianças nascidas no Haiti têm maiores probabilidades de morrer durante a primeira infância do que em qualquer outro país do hemisfério Ocidental, segundo “A infância em perigo: Haiti”, um relatório lançado hoje pela UNICEF.

“Há poucos lugares no mundo onde é mais difícil ter uma infância saudável do que no Haiti,” declarou Adriano González-Regueral, Representante da UNICEF no Haiti. “A percentagem de crianças da América Latina e Caraíbas que nasce no Haiti é de apenas 2%, porém, neste país morrem 19% das crianças menores de cinco anos de toda a região. É de longe a maior taxa de mortalidade de menores de cinco anos da região, com 117mortes por cada 1.000 nascimentos”.


Cuidados de saúde insuficientes: as taxas de imunização contra o sarampo (que é altamente contagioso e frequentemente fatal) são muito mais baixas no Haiti do que no resto da região, e mesmo mais baixas do que na África subsariana. Apenas pouco mais de metade das crianças estão vacinadas contra o sarampo, e dois terços não têm acesso a instalações sanitárias básicas.

• Degradação ambiental: a degradação ambiental no Haiti é grave; a área florestal está reduzida a 3% do território, o que agrava consideravelmente os efeitos das tempestades. Só em 2004, morreram 3.000 pessoas durante a estação dos furacões.

• Carências no ensino: embora a educação seja o caminho para uma vida melhor, muitas famílias não têm possibilidade de enviar os filhos à escola porque o valor das propinas é muito elevado. Apenas 55 por cento das crianças em idade escolar frequentam o ensino primário. Em média, o tempo que as raparigas frequentam a escola não ultrapassa os dois anos. Um terço dos jovens com idades entre os 15 e os 24 anos são analfabetos.

• Violência e maus-tratos: há milhares de crianças de rua no Haiti. Muitas delas são forçadas a lutar em gangs ou a tornar-se membros da sub-cultura dos “restavek”, que vivem em condições de autêntica servidão doméstica. Estima-se que 300.000 crianças, trabalhem como domésticas sem qualquer tipo de salário. As raparigas representam três quartos destes trabalhadores.

fonte: relatório Unicef 2006

Um comentário:

Unknown disse...

sera q voce poderia me falar um pouco mais sobre a cultura do haiti?estou fazendo um trabalho e quanto mais informaçoes melhor!obrigada