segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O HAITI NA CAIXA CULTURAL: PRAÇA DA SÉ, SÃO PAULO, DIA 01 DE SETEMBRO




O HAITI, CORAÇÃO DAS AMÉRICAS

O Haiti, sua cultura e história marcam presença no coração de São Paulo, na Caixa Cultural da Praça da Sé, haverá palestras, exposição de fotos, artesanato e apresentação de dança folclórica haitiana e de grupos de hip-hop brasileiros abertos a todo o público.

A programação:

Dia 01 de setembro, a partir das 10 da manhã:

exposição de artesanato, arte e cotidiano haitianos no térreo

A partir das 14 horas

Palestras com integrantes do Comitê Pró-Haiti no auditório da Caixa Cultural:

Solidariedade Internacional e o trabalho do Comitê
(apresentação da fotógrafa e jornalista Brígida Rodrigues)

Diáspora Haitiana e Situação Atual
(apresentação da radialista e pesquisadora Paula Skromov)

Haiti: cultura e identidade
(apresentação do educador haitiano Firto Regis)

e a partir das 16h30

Dança folclórica haitiana pelo grupo AfroDance, usando o atabaque como instrumento principal.

Hip-hop solidário: os grupos da zona sul de São Paulo Confrontations e Lado Obscuro mostram suas canções e falam sobre a periferia de lá e daqui.

NÃO PERCA!!

CAIXA CULTURAL
PRAÇA DA SÉ, 111

terça-feira, 7 de agosto de 2007

CINEMA HAITIANO CRESCE APESAR DA CRISE


Até em tempos difíceis, os haitianos não deixam de assistir aos filmes nacionais. E agora também produzem filmes em cifras surpreendentes para os padrões locais: são aproximadamente dez longas-metragens por ano. Quem poderia imaginar que um terço da Ilha Espanhola, a primeira terra das Américas a ser descoberta por Cristóvão Colombo, rivalizaria com Cuba em produção cinematográfica caribenha? E, não raro, as películas haitianas permanecem em cartaz mais tempo que as produções estrangeiras, cujo financiamento é infinitamente maior.

Os dados soam ainda mais espantosos se se tomar em contar que o Haiti – e seus cerca de oito milhões de habitantes – é o país mais empobrecido do continente, onde mais da metade da população vive abaixo da linha da pobreza. Além da difícil situação humana e econômica, o Haiti tem uma política instável e, mesmo assim, converteu-se em uma meca do cinema caribenho, cujo modelo de produção segue a linha da Índia e da Nigéria, países de grande produção e bilheteria, e dá nome ao fenômeno “Haitiwood”.

Enquanto a economia e a indústria locais estão perdidas no esquecimento e esmagadas pelo capital multinacional, o setor de entretenimento vive seu auge: impulsionado pelos baixos custos de produção e pelo apetite dos haitianos em assistir a histórias que reflitam sua realidade e que sejam faladas em sua língua, o creole haitiano. “Os filmes estão se convertendo na forma artística mais popular do Haiti, depois da música”, disse Arnold Antonin, presidente da Associação de Cineastas Haitianos.

Calcula-se que a produção cinematográfica do Haiti tenha crescido 300% nos últimos cinco anos, incluindo a divulgação e distribuição de filmes em DVD amplamente consumidos pelos imigrantes haitianos residentes nos Estados Unidos.

O primeiro filme haitiano rodado em creole estreou em 1980, em plena ditadura dos Duvalier – que devastaram de vez o país com perseguições políticas, torturas, prisões e saque dos fundos públicos. Intitulado Anita, foi uma realização de Rassoul Labuchin sobre uma menina do campo que se torna empregada de uma família rica.

No entanto, o Haiti não tem uma comissão cinematográfica que possa financiar a produção local. Ainda assim, as filmagens continuam, enfrentando as dificuldades de infra-estrutura do país que só viu sua situação piorar com as intervenções militares estrangeiras.

“Apesar de todo o caos político e os problemas econômicos, o cinema haitiano segue crescendo”, afirma Richard Senecal, diretor de cinema, cuja última produção Cousins, 2006, participou de vários festivais internacionais de cinema.

A chegada de câmeras digitais abriu ainda mais as portas para uma nova geração de cineastas haitianos, reduzindo os custos sensivelmente e promovendo financiamento direto de patrocinadores locais que recebem parte da bilheteria.
Ainda que careçam de excelência técnica, os filmes haitianos exploram temas sociais de grande importância para o país. Um exemplo foi o enorme sucesso que obteve o filme El presidente tiene sida, de 2005, que tratou da dolorosa marca que o vírus imprimiu na sociedade haitiana, enquanto Cousins analisou o tema da prostituição.

Também há inúmeras histórias inspiradas em amores e que se assemelham às telenovelas. Os haitianos respondem a essa onda gastando 100 gourdes (cerca de 2,70 dólares por entrada, mais do que o dobro do que a maioria da população ganha por dia) para entrar nas mal conservadas salas de cinema da capital Porto Príncipe e de outras localidades. Sobre a precariedade de todo este panorama, Antonin alerta: “A menos que comecemos a fazer melhores filmes, com mais técnica, a indústria cinematográfica haitiana pode morrer no útero”. E acrescenta: “Temos o talento, só nos faltam as ferramentas”.

(Fonte: AP, foto: Cartaz do filme Haiti, mon amour, mon rêve)

Mais informações: www.univision.com.

Tradução: Paula Skromov.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Haiti: Privatização de empresas públicas no centro do debate





A administração do Presidente René García Préval e a do primeiro ministro Jacques-Édouard Aléxis tem tomado recentemente algumas decisões que parecem indicar uma mudança decisiva ou, ao menos, importantes reorientações no que se refere à sua política geral, como, por exemplo, a privatização de certas empresas públicas.
As prioridades do atual governo haitiano têm se articulado em torno das grandes questões da vida nacional? A luta contra a insegurança, a droga e a corrupção, a privatização das empresas estatais,passando pela reforma do Estado, a revisão da atual Constituição, a criação de riquezas e infra-estruturas, a estabilização no quadro macroeconômico e a atração de investimento.
O projeto de privatização de empresa públicas por meio de sua modernização, que o atual governo anunciou no sábado, 23 de junho de 2007, perfila-se como nova prioridade. A privatização das empresas públicas contribuiria para “fazê-las rentáveis e competitivas” , segundo manifestou o chefe de Estado René Préval. Mas a que preço e em proveito de quem? se perguntam muitos analistas. Esse processo de privatização originou uma onda de revogações (de mais de mil empregadas e empregados) na Campanha Nacional de Telecomunicações (Teleco), a primeira empresa pública que tem sido objeto dessa medida governamental. Também tem provocado intensos debates, reações hostis e ainda tensões no seio da sociedade haitiana.
A luta contra a insegurança, a corrupção e a droga: a primeira prioridade.


Durante os primeiros seis meses deste ano, a Polícia nacional do Haiti (PNH) e os capacetes azuis da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) têm realizado várias intervenções fortes nos bairros considerados perigosos em Porto Príncipe , a capital haitiana, e em outras cidades como Gonaives ( localizada a 171 quilômetros ao norte de Porto Príncipe) para neutralizar os bandidos. Como resultado, a criminalidade generalizada baixou uns 70%, segundo o balanço comunicado em 11 de junho passado pelo primeiro ministro haitiano, na Câmara dos Deputados. Desde então as operações conjuntas, que têm levado a cabo as duas principais forças de segurança no país , têm se dirigido muito mais contra os traficantes de droga, com o apoio da agência americana de luta contra o narcotráfico (Drug enforcement agency, Dea). Tem se implantado importantes quantidades de buscas em toda a extensão do território haitiano, supostos narcotraficantes muito conhecidos estão sendo procurados e, segundo recentes declarações do presidente Préval numa coletiva de imprensa no Palácio Nacional, “serão presos”. O combate contra os bandidos armados, os narcotraficantes e a corrupção têm contribuído para criar um clima de segurança “relativo” no país, já que alguns casos de seqüestros, homicídios e violência contra cidadãs e cidadãos continuam sendo registrados. Esses dados resultam positivos em matéria de segurança e o atual governo parece recobrar a confiança em si mesmo, assim como a da população e da comunidade internacional, de tal modo que agora se está reivindicando outras prioridades relacionadas diretamente ao desenvolvimento socioeconômico do país que, assegura Préval, tem sido “contrariado” pela in segurança, a droga e a corrupção.
A PRIVATIZAÇÃO DAS EMPRESAS
No sábado de 23 de junho , o presidente haitiano notificou a opinião pública a sua decisão de privatizar, ou melhor dizendo, “modernizar” as empresas públicas com o objetivo de torná-las rentáveis e mais competitivas. A Teleco foi mencionada como a primeira empresa pública que entraria neste processo doloroso tanto para os empregados que já foram demitidos como para os outros que esperam a sua vez.
Desde finais de junho de 2007 até agora alguns rumores que circulam através do país tem feito crer que outras empresas públicas, como a Oficina Nacional de Seguro de Aposentadoria ( em francês Office National d’Assurance-vieilles se, ONA), a Autoridade Portuária Nacinal ( em francês Autorité Portuaire Nationale, APN), Eletricidade do Haiti (em francês, Életricité d’Haïti, EDH), terão o mesmo destino da Teleco.

AS REAÇÕES CONTRA A PRIVATIZAÇÃO
Este anúncio tem provocado a contrariedade e a fúria de empregadas e em pregados da Teleco, da mesma maneira que tem suscitado muitas críticas de parte dos especialistas, representantes de partidos políticos e movimentos sociais.
Alguns apontam a falta de transparência do atual governo que não consultou os setores importantes da vida nacional antes de tomar essa decisão que ameaça afetar consideravelmente o país. Outros condenam as demissões que se fizeram de uma maneira que julgam “”abrupta e precipitada” e que, de um dia para outro, mandam para o desemprego todos esses empregados considerados como “sobras” na empresa nacional de telecomunicações. Outros sinalizam as conseqüências desastrosas que trará a dita decisão governamental para o Estado, “que se tornará ainda mais debilitado”, e para a população, “cujos salários e poder de compra já são pequenos e cujo acesso aos serviços sociais básicos muito limitados”.
A opinião comum, que diferentes setores do país compartilham cada vez mais, tende a considerar a onda de privatização tão anunciada das empresas públicas como parte da aplicação, pelo atual governo, do plano econômico (o neoliberalismo) que a comunidade internacional, principalmente as instituições financeiras internacionais tais como o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), quer impor ao país sem tomar em conta as necessidades reais (a pobreza, a desigualdade de salários, o desemprego etc.) e o bem-estar da população.

RUMO A UMA NOVA ORIENTAÇÃO ECONÔMICA E IDEOLÓGICA DO GOVERNO HAITIANO?


Se bem que o atual governo tenha insistido na necessidade de atrair investimentos buscando criar um clima de segurança no país e oferecendo um quadro macroeconômico estável (estabilidade da taxa de juros, luta contra a inflação, a fraude e a evasão fiscal etc.) nunca foi questão privatizar as emprsas públicas vendendo-as a investidores privados, ou confiando a gestão delas ou criando uma parceria público-privado para administrá-las. Ao contrário, em seu programa geral, o governo se propôs como objetivo organizar ereformar o Estado, o que se supunha que ia reforçar o Estado em suas engrenagens administrativas, n gestão de seus bens, de suas empresas e dos serviços que oferece.
Cabe perguntar-se se a administração de René Préval e de Jacques-Édouard Aléxis está mudando sua política geral, está redefinindo- a ou se se trata de dar-lhe outro conteúdo. A única coisa que fica clara é que várias famílias haitianas, provenientes de camadas populares e da classe média, começam a ser vítimas desta mudança no nível da política do atual governo. Mais de uma pessoa estima que a sociedade haitiana, mais especificamente as famílias pobres e economicamente vulneráveis, não serão nem consultadas, nem tomadas em conta n adoção dessas novas medidas econômicas, através das quais a administração de Préval/Aléxis está afirmando claramente que pertence (por opção própria, pela necessidade ou por imposição?) mais à ideologia neoliberal do que à linha socialista dos governos esquerdistas da América Latina.


Wooldy Edson Louidor
Alterpresse
http://www.rebelion .org/noticia.

"AJUDA" PARCA DO BID CHEGA AO HAITI E AMÉRICA LATINA...

Centro Cultural do BID anuncia apoio a projetos de desenvolvimento cultural na América Latina e no Caribe


Financiamento aprovado para 40 projetos em 25 países em 2007
O Centro Cultural do Banco Interamericano de Desenvolvimento anunciou hoje a seleção de 40 projetos de desenvolvimento de pequena escala em 25 países da América Latina e do Caribe. Os projetos receberão apoio financeiro parcial num valor entre US$3.000 e US$7.000.
As concessões deste ano mantiveram-se em sintonia com a iniciativa Oportunidades para a Maioria lançada pelo presidente do BID, Luis Alberto Moreno. Foi dada preferência, portanto, a projetos que enfatizassem o papel de povos indígenas, mulheres, jovens, fortalecimento de comunidades, preservação do patrimônio cultural e educação criativa para o desenvolvimento por meio da cultura.
O programa do Centro Cultural do BID promove o desenvolvimento cultural da comunidade financiando projetos inovadores na América Latina e no Caribe para capacitação técnica em restauração de tradições, preservação do patrimônio cultural e educação da juventude.
Levando em consideração a necessidade e a diversidade dessas disciplinas culturais, os projetos são avaliados quanto à sua viabilidade, abrangência educacional, uso eficaz de recursos, capacidade de mobilizar fontes adicionais de financiamento e impacto de longo prazo sobre uma grande parte da comunidade.
As Representações do BID nos países promovem o programa e selecionam as melhores propostas para análise final pelo Comitê de Seleção do Centro Cultural do BID. Em 2007, 685 propostas de projetos foram recebidas, 245 foram pré-selecionadas pelas Representações nos países e o Comitê aprovou concessões para 40 projetos de 25 países.
Como parceiros nos projetos, o Centro Cultural do BID e as Representações nos países trabalham juntos para supervisionar, monitorar e orientar as instituições responsáveis pelos projetos, a fim de alcançar os melhores resultados. Segue-se uma lista dos projetos por país, com o nome das instituições que receberão apoio financeiro em 2007:


Argentina
Circo Social de La Boca.
Associação Mútua Catalinas Sur/Grupo de Teatro Catalinas Sur
Nossa Música.
Comissão Municipal de Cusi Cusi, Jujuy.
Bahamas
Banda musical de jovens e jovens adultos.
Conselho de Jovens de Saint Matthews.
Belize
Empresa de costura e bordados mestiço–maia.
Grupo cultural de dança Yo Creek.
Bolívia
Sala de apresentação da história boliviana.
Museu Nacional de Etnografia e Folclore.
Brasil
Valorização da cultura indígena no nordeste do Pará.
Instituto Agroecológico da Amazônia.
Mulheres de Tancredo no Rio Grande do Sul.
Associação Cultural GEMA do Brasil.
Chile
Museu Infantil, sala de arqueologia e astronomia.
Corporação Privada para a Popularização da Ciência e da Tecnologia.
Identidade cultural e medicina tradicional mapuche.
Prefeitura de San Juan de la Costa, Osorno.
Identidade cultural e ourivesaria mapuche.
Conselho Mapuche de Cerro Navia, Santiago.
Colômbia
PezcaArte em Puerto Colombia, Departamento do Atlântico.
Corporação Ambiental Cultural PezcaArte.
Artesanato em bambu e balcões coloniais em Popayán.
Fundação Aurelio Mosquera Caicedo.
Costa Rica
Serigrafia em Barrios del Sur, San José.
Centro de Educação Vecinos.
República Dominicana
Brigadas infantis para a promoção cultural.
Sociedade para o Desenvolvimento da Comunidade de Gualey - SODECOGUA.
Equador
Brinquemos no Parque: recuperação da flora e fauna andinas, Parque Itchimbía de Quito.
Consórcio Municipal de Gestão Ambiental.
"Kamak Maki”, identidade cultural quíchua, Província de Tena.
UVIA – Unidade Virtual Ibero-americana.
El Salvador
Turismo cultural na Cidade da Alegria, Departamento de Usulután.
FUNDE – Fundo Nacional para o Desenvolvimento.
Guatemala
Cerâmica maia.
SODEVIP – Sociedade Civil para o Desenvolvimento da Moradia Popular da Guatemala.
Reconstrução do Templo del Calvario no Município de Santa Cruz Verapaz.
Comitê pela Melhoria do Templo.
Guiana
Revitalização da música como uma arte.
Sindicato dos Professores da Guiana, Divisão Norte.
Haiti
Formação em técnicas de artesanato em Campo Perrin.
Organização pela Renovação do Sul do Haiti.
Proteção do patrimônio cultural.
Cooperativa pela restauração ambiental.
Honduras
Patrimônio cultural de Trujillo.
Instituto Hondurenho de Antropologia e História.
Jamaica
“Crianças do Amanhã” – Centro para as Artes e Parque das Esculturas.
Universidade de Tecnologia.
Estabelecimento de um centro cultural e de um museu no Distrito de Resource, Manchester.
Universidade do Norte do Caribe / Associação dos Cidadãos de Resource.
México
Recuperação das tradições indígenas de Puebla.
Centro Educacional Ixtlioyollotl.
Desenvolvimento da comunicação comunitária.
Rede de comunicadores Boca de Polen.
Nicarágua
Fusão de artes visuais.
Fundação "Casa de los Tres Mundos", Granada.
Panamá
Conservação e promoção da arte rupestre.
Parceria estratégica para a conservação e promoção do turismo histórico e cultural –
Universidade de Santa María La Antigua–Universidade Autônoma de Chiriquí.
Paraguai
Museu Maestro Fermín López.
Prefeitura de Villarrica del Espíritu Santo.
Peru
Pastas educativas.
Museu Nacional de Arqueologia, Antropologia e História do Peru.
Cerâmica artesanal em Abancay.
Petroglifos de Huancor, Alto Larán, Chincha.
Governo Provincial de Chincha.
Suriname
Aquisição de violões clássicos.
Fundação Guitarinstenkring do Suriname - SGS.
Livre como um pássaro.
Fundação de Arte para a Educação em Belas Artes do Suriname.
Trinidad e Tobago
Música para a proteção da natureza.
Rede Greenlight.
MusicNova.
Fundação para o Conhecimento Musical, The University of the West Indies.
Uruguai
Consolidação do centro cultural para a infância "Papagayo Azul" no Teatro Astral de Montevidéu.
Papagayo Azul.
Venezuela
Brinquemos no teatro.
Associação Grupo de Teatro Colibri.



Para mais informações:
Pode-se entrar em contato com Elba Agusti: elbaa@iadb.org
Link
Centro Cultural do BID
Contato de imprensa
Christina MacCulloch
christinam@iadb. org
(202) 623-1718

segunda-feira, 16 de julho de 2007

PUERTO PRÍNCIPE MIO




Documentário cubano sobre a realidade do Haiti


Nas palavras do realizador Rigoberto López Pego: “a realização de Puerto Príncipe Mio foi uma experiência singular e humana muito intensa e singular, para mim transcendente!” em declaração ao jornal cubano Granma.

O documentário realizado em 2000, visita o espaço urbano devastado de Porto Príncipe, capital do Haiti, e o riquíssimo legado cultural do Caribe, as matrizes culturais que unem a África às Américas. Falado em creole, língua haitiana que nasceu da fusão de línguas africanas como bantu, ioruba, entre outras com o francês, espanhol e inglês.

Puerto Príncipe Mio revela ao longo de seus 57 minutos uma cidade caótica, empobrecida ao extremo e que devora a si mesma, incluindo o meio-ambiente que a cerca, tamanha miséria de recursos. O filme só aprofundou a ligação do cubano com o Haiti, terra conhecida por relatos históricos e narrativas de escritores como o cubano Alejo Carpentier e o poeta Nicolas Guillen.

Nesse filme ficam claras as possibilidades do gênero documental dentro do conceito de mostrar ao mundo, de servir a um propósito maior e instigar perguntas. Não importa se o formato é vídeo ou celulóide, a realidade e a complexidade da vida haitiana transbordam os limites da palavra em uma história real bem contada.

Mas Rigoberto quer mais... agora prepara um projeto para rodar um longa-metragem de ficção no Haiti sobre um dos líderes populares haitianos: Henri Christophe. Em entrevista ao jornal cubano La Jiribilla, Rigoberto fala sobre o líder: “El Fantasma de Henri Christophe terá filmado em formato digital e terá como cenários as cidades de Citadelle e Sans Souci, fortaleza erguida por Christophe para que o povo haitiano nunca voltasse à escravidão e defendesse a sociedade tão sonhada contra invasões dos conquistadores!”.

Rigoberto López transita solenemente no mosaico cultural caribenho, por isso é possível entender, ainda que haja uma distância geográfica e por vezes cultural, a dimensão da tragédia humana que se instaurou no Haiti desde seu nascimento como nação: aliás a primeira nação negra livre do mundo e segundo país de toda a América a se livrar do poderio colonial em 1804 na revolução popular mais importante, e tão injustamente desconhecida, de todo Caribe e América Latina.

Como cineasta, Rigoberto sempre esteve ligado aos direitos humanos. Aliás é dele também o principal projeto de cinema da região: a Mostra Itinerante de Cinema e Vídeo do Caribe com apoio do ICAIC – Instituto Cubano de Artes e Indústria Cinematográficas – e Unesco.

Cuba e Haiti têm muito em comum, além de estarem próximos os países sofrem históricos embargos econômicos, o que parece inspirar ainda mais o diretor que declarou ao La Jiribilla: “Sinto que entre Cuba e Haiti, há uma espécie de alma compartilhada, a inspiração de um canto com duas vozes”.

Carta ao Povo do Haiti




“Nenhum povo pode ser livre se oprime outro povo.”


Mais uma vez, o Haiti está sendo ocupado, agora, por tropas latino-americanas. São países oprimidos oprimindo um povo ainda mais oprimido.

Debaixo do falso manto da defesa da democracia, impõe-se a opressão, a exploração, a miséria, manchando o solo de vosso país com sangue de vosasa gente.

Na realidade, uma intervenção que fere a soberania de vosso povo, permitindo ao imperialismo explorá-lo ainda mais e transformar o território haitiano em uma plataforma de exportação dos produtos das empresas multinacionais.

O governo brasileiro de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA detém o comando das tropas militares neste território, cumprindo assim um nefasto papel de agente do imperialismo opressor. Os trabalhadores e o povo brasileiro não respondem por este crime.

Ao contrário, ao heróico povo haitiano, que protagonizou a primeira e única revolução de escravos vitoriosa, a primeira nação a conquistar a independência na América Latina, que com bravura enfrentou tantas ditaduras em sua História e que acolheu Simon Bolívar fortalecendo seus ideais de liberdade, queremos dizer que:

Estaremos juntos na luta pela desocupação do vosso território e seremos mais que solidários, pois somos parte de uma mesma luta.
Embora à distância, travamos uma única batalha contra a colonização
imperialista. Acreditamos, como Sandino, que Liberdade não se pede, se conquista...

Nós, que assinamos esta carta, estamos no teatro de operações, somos parte
deste cenário. Partilhamos as angústias e os sofrimentos do vosso povo e também nos somamos na trincheira da resistência, da busca da autodeterminação de nossos povos.

Sonhamos o mesmo sonho de liberdade. A vossa luta é a nossa luta, a vossa vitória é a nossa vitória, a liberdade de um povo é motivo de júbilo em toda a humanidade.


Pela imediata retirada das tropas brasileiras e de outros países do Haiti.
Pela autodeterminação do povo haitiano


(redigida pelo ConLutas)

terça-feira, 10 de julho de 2007

Dados da invasão militar do Haiti

1.Estão acampados no Haiti, desde julho de 2004, nada menos do que 9.500 soldados, oriundos de 35 paises de todo mundo.

2.Destes a maior força é do BRASIL com 1.600 soldados. O exercito brasileiro está instalado nas antigas dependencias da Universidade Publica do Haiti, e por isso o numero de estudantes e de aulas, se reduziu a um terço de antes da ocupação, pois os soldados ocupam nstalações, predios, campos, etc

3. O estado maior das forças de ocupação é dirigido por 24 comandantes, coordenados por um general brasileiro. E dos 24, um é brasileiro, um uruguai e os outros 22 são todos de forças de invasão de paises do hemisferio norte.

4. O custo das tropas no haiti é de 500 milhões de dolares por ano.

5. Não há nenhuma obra social ou de infraestrutura economica sendo desenvolvida por eles.

6. Há muitas denuncias de abusos de soldados, de prepotencia, de abuso sexual, já que nenhuma lei do Haiti afeta as tropas de ocupação.

7. Por outro lado, estão no país, em revezamento, desde 2001, mais de 800 médicos cubanos, trabalhando de forma solidária, nos bairros populares e no interior do pais, dando atençao medica ao povo do Haiti.

Fonte: Jubileu sur/ escritorio em Port-Principe julho 07

domingo, 17 de junho de 2007

Evento sobre o Haiti

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

Evento sobre a situação no Haiti

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

Evento sobre o Haiti no Colégio Stockler

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

Evento do Comitê Colégio Stockler sobre Haiti e América Latina

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Comunicado à imprensa do Grupo de apoio ao Haiti –



Boas notícias! Como resultado das ações legais de uma firma de advogados de Miami, e de uma forte campanha de ONGs do Haiti, América Latina e Caribe, e da Europa, levada a cabo na semana passada, o governo da Suiça anunciou na sexta-feira que estendeu o prazo de congelamento da conta de Jean-Claude Duvalier no banco Suiçoo por mais três meses.

O dinheiro, 7.6 milhões de francos suiços (3.1 m.Libras/6.2 m. dólares dos EUA), Estiveram congelados durante os últimos 5 anos, enquanto o governo do Haiti solicitava a sua liberação, mas ia se entregue a Duvalier no dia 3 de junho.


Agora as contas permanecerão bloqueadas por mais três meses a partir de 3 de junho, de acordo com o port-voz do governo suiço, Oswald Sigg. Disse ele que agora o governo suiço tentará arrumar a situação com a família Duvalier e representantes do governo do Haiti.O porta-voz acrescentou que a intenção do governo suiço é a de ainda encontrar uma solução favorável para o governo do Haiti.

Parabenizamos a Marc Henzelin, o advogado dos haitianos, Etzer LaLanne e ao Padre Gerard Jean Juste, que obtiveram a ordem da Corte estatal de Genebra para bloquear uma das contas de Duvalier na Suiça em relação a uma audiência apresentada na Corte de Miami, EUA em 1988.

Também parabenizamos à Plataforma Haitiana de Apoio ao Desenvolvimento Alternativo (PAPDA), à Rede Européia da Dívida (Eurodad), à Plataforma suiço-haitiana, Jubileo Sur Américas, à Plataforma de apoio ao Haiti de GB-Irlanda,
e à Coordenação Europa-Haití por solicitar às autoridades Suiças para deter a liberação das contas de Duvalier.



O Grupo de Apoio ao Haiti escreveu hoje ao Ministro das Relações Exteriores do Haiti instand- a aproveitar a oportunidade prevista para a extensão do congelamento e apresssar-se a apresentar a documentação que prova que o dinheiro de Duvalier foi acumulado como resultado de ações criminais e corruptas durante a ditadura. Contra a apresentação destas provas o governo suiço se verá obrigado a devolver alguma coisa, ou talvez todo, o dinero às autoridades haitianas. O dinheiro então poderá ser utilizado para programas sócio-econômicos para ajudar a cobater a pobreza e estimular o desenvolvimento econômico do Haiti.

Enviado como serviço ao Grupo de apoio ao Haiti –solidariedade com a luta do povo haitiano pelos direitos humanos, a democracia participativa e odesenvolvimento eqüitativo- a partir de 1992.

Website: www.haitisupport. gn.apc.org

domingo, 10 de junho de 2007

DADOS DEMOGRÁFICOS DO HAITI

População: 8,4 milhões de pessoas
Média de cescimento anual (entre 1995-2000): 1.8%
Superfície : 27,750 km²
Grupos étnicos: 95% afrohaitianos; 5% mulatos e outros
Religiões: 80% católicos (a maioria praticante de vodu); 16% protestante.
Regime político: democracia presidencial (com intervenção militar estrangeira)
Chefe do Estado: Presidente René Préval
PIB per cápita (US$): 1.270
Taxa de mortalidade infantil (em cada 1000 nascidos): 83
Alfabetismo (H/M): 47/42 %
Desemprego urbano (média em 1999): 70 %
População abaixo da linha da pobreza: 67%

Fontes
População: UNICEF 2001
Taxa de crescimento: (1995-2000) CEPAL
PIB per cápita: Panorama Social 1999-2000, CEPAL
Superfície: Almanaque The New York Times, 1999
Grupos étnicos: Idem, Contrastado com o Guia do Terceiro Mundo
Religiões: Idem
Mortalidade infantil e alfabetismo: UNICEF, 2001
Pobreza: Panorama social CEPAL 99-2000
Desemprego: OIT Panorama Laboral 2000

CIFRAS DRMÁTICAS DE UMA NAÇÃO (QUASE) ESQUECIDA: COM QUANTOS HAITI´s SE FAZ UM BRASIL DESIGUAL?


Os dados abaixo foram apresentados ao mundo há exatamente um ano, porém são resultantes de um Censo aplicado no ano de 2003, pouco antes de o presidente Jean Aristide ser retirado do país por tropas estadunidenses. Trata-se, portanto, do primeiro Censo Demográfico sobre o Haiti ao cabo de quase três décadas.
O documento revela, segundo dados que atualmente já são questionáveis, que metade da população haitiana tem menos de 20 anos, dos quais 33% sofrem com desemprego e o índice de matrículas escolares não alcança 49%. A mortalidade materna, ou seja, o número de mortes de mães, em decorrência da falta de cuidados médicos na hora de parto, é a mais alta de todo o continente: são 523 mortes em cada 100.000 nascimentos.
O Censo foi implementado em cinco etapas pelo Ministério das Finanças e pelo Instituto de Informática e Estatística haitianos e é o quarto realizado no país: 1950, 1971, 1982 e 2003.
Hoje, a nação haitiana possui 8,4 milhões de habitantes e também os indicadores sociais mais alarmantes do hemisfério: crescimento demográfico de 5% ao ano (pouquíssimo, dadas as mortes por inanição, violência e enfermidades causadas por falta de saneamento básico, sem contar a freqüência de desastres naturais que assolam a região e atingem em cheio um país que não possui sequer capa vegetal capaz de deter ventos e furacões). Além disso, cada mulher tem, em média, 4 filhos e a expectativa de vida é de 56 anos para mulheres e 53 para homens. A urbanização alcança míseros 40%, já debilitados por falta de manutenção, e somente 59% dos adultos são alfabetizados.
O drama do Haiti só piora, quando os estudos revelaram que uma entre 14 crianças morre antes de completar um ano de idade.
O Fundo das Nações Unidas para a População, que colaborou financiando o Censo, manifestou a necessidade de se dedicar mais recursos, principalmente à comunidade internacional, para a educação e saúde reprodutiva, dado o panorama em que se encontra a sociedade haitiana: eminentemente jovem. Não é exagero dizer que a população haitiana sente na pele o descaso e a crueldade das políticas internacionais do capitalismo e está sendo dizimada de modo vil.

Fontes:

Población: UNICEF 2001
Tasa promedio de crecimiento: (1995-2000) CEPAL
PIB per cápita: Panorama Social 1999-2000, CEPAL
Superficie: Almanaque The New York Times, 1999
Grupos étnicos: Idem, Contrastado con Guía del tercer mundo
Religiones: Idem
Mortalidad y alfabetismo: UNICEF, 2001
Pobreza: Panorama social CEPAL 99-2000
Desempleo: OIT Panorama Laboral 2000

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Danny Glover produz filme épico sobre o líder haitiano Toussaint Louverture




As telas do cinema mundial preparam-se para assistir a um épico sobre a história haitiana realizado pelo ator americano Danny Glover (astro da saga Máquina Mortífera). Simpatizante do governo chavista desde 1999, Glover terá o apoio da Villa del Cine, estúdio estatal venezuelano criado em 2006, segundo palavras de Chávez, “para combater a ditadura de Hollywood e difundir a história da América Latina”.

A expectativa é de que o longa, graças à verba de que dispõe, circule por vários mercados cinematográficos. Com o apoio de co-produtores, a produção terá um budget de 30 milhões de dólares e irá contar a história de François Dominique Toussaint-Louverture (1743-1803), um dos maiores revolucionários do Haiti.

Há quem não concorde totalmente com o projeto: “Rodando na Venezuela, o filme custaria um terço do que custará em Hollywood”, afirmou à Variety Lorena Almarza, diretora da Villa del Cine, que atualmente está produzindo Miranda regresa, uma biografia sobre o revolucionário venezuelano Francisco de Miranda, e uma série sobre Ezequiel Zamora. O estúdio também já anunciou a encenação de mais um livro de Gabriel García Márquez, El general en su laberinto.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

EX-DITADOR QUER SACAR DE BANCO SUÍÇO O DINHEIRO DO POVO HAITIANO




Suíça, Jean-Claude Duvalier, também conhecido como Baby Doc, reinvindicou aos bancos suíços seu "direito" em sacar os mais de 7,1 milhões de dólares adquiridos por sua família desde a ascenção de seu pai, o sangüinário ditador François Duvalier, o Papa Doc.

Entidades civis e redes de solidariedade internacional defendem não só o bloqueio para Baby Doc, mas a devolução desse montante aos cofres públicos do Haiti, já que esse dinheiro é fruto de anos de roubos, saques, abuso de poder e exploração contra o povo haitiano.

Segundo autoridades suíças, os bancos esperam provas mais concretas da origem ilegal do dinheiro. Não se pode mesmo esperar muito de um país que ganha milhões com lavagem de dinheiro vindo de todas as partes do mundo. Mas se para eles, tudo o que importa são cifras, ainda assim, ficará difícil de disponibilizar a quantia para Baby Doc, já que a pressão internacional faz com que a Suíça recue. Muito embora, essas mesmas autoridades tão notoriamente neutras tenham feito o estapafúrdio comentário sobre não ter provas suficientes que incriminassem o ex-ditador.

Para o historiador haitiano Michel Soukar, que concluiu recentemente um estudo sobre as operações ilícitas da ditadura no Haiti, há ligações da ditadura com a máfia nova-iorquina e contratos com empresários estrangeiros que liquidaram de vez as reservas do país em prol da família Duvalier e de seus asseclas.

A ditadura no Haiti perdurou 29 anos, foram incontáveis os abusos aos direitos humanos, assassinatos, perseguições e torturas indiscriminados. E durante esse mesmo período, mais de 45% da dívida externa do país foi contraída, ou seja, houve declaradamente um saque das riquezas nacionais.

O Escritório das Nações Unidas sobre Crime e Drogas estima que cerca de 2 bilhões de dólares provenientes de fundos públicos foram roubados. Segundo Paul Seger, representante dos órgãos suíços, em entrevista à Reuters, existe a intenção de se fazer um acordo para devolução do dinheiro: "O acordo preverá que a maior parte do dinheiro seja usada em projetos de natureza humanitária e social no Haiti", disse Seger, mas sem especificar quanto será devolvido.

A Suíça não quer sair perdendo, afinal nos últimos 20 anos para manter sua fachada mais ou menos limpa, viu-se obrigada a devolver quase 1,3 bilhão de dólares que haviam sido depositados pelo ex-ditador filipino Ferdinand Marcos, pelo ex-chefe de espionagem do Peru Vladimiro Montesinos e pelo general nigeriano Sani Abacha, ex-presidente. O que dirá a fortuna de Papa e Baby Doc?

Nos últimos 20 anos, a Suíça devolveu quase 1,3 bilhão de dólares que haviam sido depositados no país pelo ex-ditador filipino Ferdinand Marcos, pelo ex-chefe de espionagem do Peru Vladimiro Montesinos e pelo general nigeriano Sani Abacha, ex-presidente.

A dívida externa do Haiti é de 1,3 bilhões de dólares, dinheiro injustamente cobrado do país que carrega um dos mais tristes índices de analfabetismo do mundo: cerca de 45 a 50% de sua população (segundo dados recolhidos por observadores de direitos humanos, ONGs, ONU, Exército, já que no Haiti não há Censo Demográfico por falta de infra-estrutura mínima). A renda anual haitiana é a mais baixa do hemisfério ocidental: Us$500 per capita. E os índices de mortalidade materna e infantil são de 527 em cada 100.000 habitantes, e estão entre os mais elevados do mundo.


Tomando em conta que a população do Haiti seja composta por aproximadamente 6 milhões, esses números detectam a situação alarmante do país, onde taxas de mortalidade tendem a evoluir e de natalidade só decaem. Tanta penúria é reflexo de uma série políticas internacionais que condenaram a pequena nação caribenha ao pior dos sentimentos: indiferença.

Juristas argumentam que países pobres, especialmente onde as instituições foram devastadas por guerras e turbulências, precisam de assistência jurídica para recuperar dinheiro enviado ao exterior por líderes corruptos. Enquanto a Suíça defende uma implementação global mais rápida da convenção anticorrupção da ONU, que obriga os países a devolverem bens acumulados ilegalmente e o Haiti morre um pouco mais a cada dia.


Para consultar o que a imprensa brasileira tem a dizer, acesse:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2007/05/29/ult34u181915.jhtm
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1545478-5602,00.html

quinta-feira, 17 de maio de 2007

"Perdão" de uma dívida mais do que paga...

A presença de quadrilhas que estupram e seqüestram haitianos e lutam contra os corpos de paz da ONU preocupa muito o Governo do Haiti, que estuda aproveitar os recursos provenientes do alívio de sua dívida externa para melhorar a segurança no país em vez de dedicá-los para combater a pobreza, como assim reclamaram as ONGS.
Segundo o ministro de Finanças, Daniel Dorsainvil, o Haiti necessita modernizar sua polícia, construir prisões e formar juizes. "Uma das prioridades chave no orçamento deste ano será a segurança e o fortalecimento do sistema de justiça", disse Dorsainvil na reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na Guatemala.

Este organismo, com sede em Washington, fez acordo para perdoar uns 525 milhões de dólares da dívida do país para 2009, argumentando a posição do Haiti como a nação mais pobre do continente americano.

Este país, que é parte de um programa global mais amplo de alívio da dívida utilizado pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), receberá um perdão de 20 milhões de dólares nos próximos dois anos.

Grupos de pressão e ONG têm prometido continuar exortando o Governo haitiano para que dedique este dinheiro para ajudar as pessoas mais pobres, que não têm acesso à água potável, a remédios e a uma alimentação adequada.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O OLHAR DO CINEMA HAITIANO SOBRE RUANDA


Ruanda

A obra de Raoul Peck é marcada pelo tom da denúncia das mazelas provocadas pelo capitalismo. Um dos principais filmes escritos e dirigidos pelo cineasta haitiano é Às Vezes em Abril (Sometimes in April), de 2005, sobre a genocídio que tomou conta de Ruanda na década passada.

O filme é contemporâneo ao badalado Hotel Ruanda. Os dois atacam o descaso com a guerra civil no país africano, onde a etnia hutu massacrou a minoria tutsi, deixando mais de 1 milhão de mortos e mais de 3,5 milhões de refugiados.

No longa de Peck, um soldado hutu deserta por recusar participar do genocídio e também para tentar salvar a sua família tutsi. Além das imagens terríveis para as quais o mundo cobriu os olhos, o filme também visita o palco dos tribunais da ONU, dez anos depois, quando são julgados os seus criminosos de guerra.

Na opinião do crítico de cinema Luiz Carlos Merten, "Raoul Peck, que é negro e haitiano, é bom esclarecer, fez um filme no mínimo melhor e mais honesto do que o manipulativo e sentimental Hotel Ruanda".

Cineasta haitiano vai dirigir filme sobre vida de Karl Marx


08/05/2007

O filme cobrirá o período entre 1830 e 1848, incluindo o tempo que Marx passou em Paris antes de ser expulso para Bruxelas. A fase culmina com a publicação do Manifesto do Partido Comunista. "Marx era considerado um jovem gênio, mas foi uma época marcada também pelo nascimento de um grande movimento de pensadores", comentou Jacques Bidou, produtor do longa-metragem.

A história mostra uma parte pessoal da vida de Marx - incluindo seu amor por Jenny Von Westphalen, de origem aristocrática, com quem se casou em 1843. A amizade com Friedrich Engels, co-autor do Manifesto, também será retratada.

O elenco ainda não foi escalado. Bidou explicou que os atores terão de ser jovens, pois "Raoul quer fazer esse filme para um público amplo". O filme custará 20 milhões de dólares e será todo rodado em inglês. As filmagens vão acontecer entre França, Alemanha, Bélgica e Luxemburgo. O objetivo é estrear no final deste ano.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Haití: En torno a la estrategia de reducción de la pobreza

Wooldy Edson Louidor / ALTERPRESSE

ALAI AMLATINA, 24/04/2007, Puerto Príncipe.


- El actual ministro haitiano de la Planificación y Cooperación externa, Jean Max Bellerive, lanzó, el jueves 12 de abril, la preparación del Documento de la estrategia nacional de crecimiento y reducción de la pobreza (DSNCRP, sigla en francés de Document de stratégie nationale pour la croissance et la réduction de la pauvreté).

El contexto de esta iniciativa gubernamental se caracteriza por el alto costo de la vida, el aumento o la inestabilidad de los precios de los productos de primera necesidad, el escepticismo frente a múltiples promesas hechas por los donantes internacionales, el desempleo y la desesperación que empuja cada vez a más ciudadanas y ciudadanos haitianos a huir de la miseria, arriesgando sus vidas en viajes clandestinos hacia Estados Unidos de América, República Dominicana y otras islas del Caribe.

El gobierno dirigido por el presidente René García Préval y el primer ministro Jacques Édouard Alexis continúa esperando, con impaciencia, el desembolso de los fondos que le habían prometido algunos países, organismos y otros donantes de la Comunidad internacional.

Con el DSNCRP, quiere dotarse de un dispositivo fundamental que “debe servir de base para todos los créditos que el Banco Mundial (BM) y el Fondo Monetario Internacional (FMI) proporcionen en condiciones concesionarias, y para orientar el uso de los recursos liberados por el alivio de la deuda recibido en el marco de la Iniciativa reforzada para los países pobres muy endeudados (PPME)” y de bajo ingreso, entre ellos Haití.

En este sentido, la administració n Préval-Alexis proyecta abrir, “desde ahora hasta el mes de septiembre de 2007”, un “diálogo nacional” en torno a las realidades y prioridades del país y a las estrategias a implementar para promover el crecimiento y, sobre todo, para reducir la pobreza, uno de los Objetivos de Desarrollo del Milenio (OMD) de la Organización de las Naciones Unidas (ONU).

Este nuevo proyecto servirá también de marco para las relaciones de
Haití con sus contrapartes financieras y para sus necesidades y fuentes de financiamiento.

El CCI, predecesor del DSNCRP

El DSNCRP sucede al Marco de Cooperación Interina (CCI, sigla en francés de Cadre de Coopération Intérimaire), que fue creado por el régimen de transición luego del derrocamiento del ex presidente Jean-Bertrand Aristide el 29 de febrero de 2004 y posteriormente presentado por las autoridades interinas en julio de 2004 durante la Conferencia de donantes en Washington.

El CCI se enfocó principalmente sobre la organización de las elecciones para poner fin a la transición política y sobre la operación de reformas estructurales en las instituciones estatales en base a objetivos macroeconómicos específicos. En el marco del CCI fue integrado teóricamente, al final, un Programa de Pacificación Social (PAS, sigla en francés de Programme d’Apaisement Social).

Las reformas fueron orientadas a revertir la situación de crisis
económica que el país y, de manera más acentuada, los grupos sociales provenientes de las zonas más desfavorecidas estaban enfrentando.

El CCI fue creado también para servir de puente susceptible para
conducir al gobierno elegido en las últimas contiendas hacia la
elaboración e implementació n de la Estrategia de Reducción de la Pobreza (ERP)

Reacciones de los movimientos sociales frente al CCI

Sin embargo, durante la reunión de donantes que tuvo lugar en Puerto Príncipe el 25 de julio de 2006, algunos movimientos sociales nacionales e internacionales, tales como la Plataforma Haitiana para un Desarrollo Alternativo (PAPDA), Jubileo Sur Américas (JSA) y el Movimiento Democrático Popular (MODEP), se manifestaron en contra de toda prolongación del CCI que consideraban estar “en adecuación con la política neoliberal” del Banco Mundial (BM), del Fondo Monetario Internacional (FMI) y del Banco Interamericano de Desarrollo (BID).

En este mismo contexto, la Cooperación Europa-Haití (CoE-H) había
publicado el 20 de julio de 2006 un documento en el que, entre otros puntos, puntualizaba algunas debilidades del CCI.

Esta plataforma mixta de organizaciones europeas y haitianas criticó “la falta de participación de la sociedad civil” en esa iniciativa desde “sus inicios hasta su implementació n, su seguimiento y su evaluación en el transcurso de los dos últimos años” (de 2004 a 2006).

Deploró también la ausencia de cualquier proceso de consulta por parte del comité de dirección del CCI con “los sectores más pobres y marginados de la sociedad civil haitiana, los que son supuestamente los más grandes beneficiarios del CCI”.

Preguntas y preocupaciones de los movimientos sociales

El lanzamiento del DSNCRP vuelve ahora a abrir el debate entre el
gobierno haitiano y los movimientos sociales de corte “anti -neoliberal” o “alternativo” en torno a las políticas de desarrollo a adoptar e implementar en el país.

El mismo viene también a replantear algunas preguntas sobre el CCI,
predecesor del DSNCRP, que aún permanecen sin respuestas, por ejemplo, si “efectivamente se realizaron la auditoría y la evaluación independiente del CCI que los donantes mismos se habían comprometido a hacer en febrero de 2006” y cuáles fueron los resultados de dicha auditoría.

Otra pregunta concierne la metodología que se adoptará en el proceso de elaboración e implementació n de la estrategia « nacional » de reducción de la pobreza en un país donde más de la mitad de la población vive con menos de un dólar diario.

¿Cuáles son los sectores de la vida nacional que el gobierno va a
implicar en el diálogo “nacional” en torno al DSNCRP? ¿Solamente el
sector privado, los expertos, los donantes e instituciones financieras internacionales, tal como se hizo en el caso del CCI? ¿O también serán invitados a participar en el diálogo las organizaciones de la sociedad civil, los ciudadanos y ciudadanas, sobre todo, las y los pobres, quienes deberían ser los principales actores de esta iniciativa?

Algunos movimientos sociales ya empiezan a preocuparse de que este nuevo proyecto llegue a ser una reedición de otros programas gubernamentales, como el Programa de Pacificación Social (PAS) y el programa de Desmovilizació n, Desarme y Reintegración (DDR), que ellos calificaron, a la manera del CCI, de “fracaso total” en su concepción y su aplicación y en términos de resultados concretos y estructurales en el combate a la pobreza.

Más información: http://alainet. org
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email: info@alainet. org

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Mulheres haitianas e o trabalho...


A diminuição da importância da agricultura nos últimos 10 anos afeta terrivelmente um grande número de mulheres haitianas. Essas mulheres formam parte da metade da força de trabalho agrícola no Haiti. Por isso muitas delas buscam alternativas como emprego em áreas urbanas, consituindo 75 % do trabalho no setor informal e 84% em pequenos negócios.

As mulheres haitianas lideram 40% das famílias, um número que vem subindo a partir dos anos 90 com todos os problemas econômicos e políticos que assolaram o país. 85% dessas mulheres ganha um dólar por dia.

A violência atinge severamente essas mulheres, dentre elas, mais de duas mil crianças na capital Porto Príncipe e 120000 menores que trabalham como empregadas domésticas em todo país. Essas ultimas sao as chamadas Restavek (reste avec = ficar com), meninas que sao "adotadas" virando praticamente escravas das familias.

Um relatório feito pela UNICEF em 2004 indicou que as gangues armadas recrutam crianças em um quarto das áreas inspecionadas. O número de crianças estupradas aumenta significantemente nas áreas urbanas e com o aumento da criminalidade, as mulheres - principalmente as que trabalham em pequenos comércios, as que vendem nos mercados e têm que se caminhar quilômetos de distância - são vítimas frequentes de crimes como seqüestro, estupro, e roubo.

por: Bertrand Njanja Fassu, chefe da Área de Proteção à Criança da Unicef no Haiti.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Agressão das forças "de paz" brasileiras contra população haitiana




Delegação ao Haiti apresenta relato da agressão de soldados da ONU

Judith Scherr [*]

De volta do Haiti, participantes de uma conferência de progressistas haitianos e apoiadores internacionais em Port-au-Prince relataram suas experiências do encontro com prisioneiros políticos recém-libertados da prisão, e também seus testemunhos de uma operação militar da ONU numa periferia miserável.

Para Jacques Depelchin, professor visitante na Universidade Berkeley e autor de "Silences in African History", entre outros trabalhos, Depelchin disse que sua compreensão do Haiti foi aprofundada com as histórias dos prisioneiros políticos libertados:“Eles tinham que ser esmagados...é isto que está acontecendo,” disse Depelchin, explicando o papel dos Estados Unidos e da França no Haiti. “O sistema jamais perdoou os escravos.”

Hoje há cerca de 9.000 soldados da ONU no Haiti. As tropas da ONU foram deslocadas em junho de 2004 para substituir os Marines dos EUA, que policiaram o país depois que os EUA derrubaram o presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide em fevereiro de 2004. (O Departamento de Estado sustenta que Aristide pediu aos EUA que o retirassem do Haiti).

Estudos como o elaborado em 2004 por Thomas Griffin da Universidade de Miami e relatos recentes de haitianos e observadores estrangeiros têm acusado a ONU de conivência com crimes violentos da polícia, além de cometer eles próprios atos de violência.

Os delegados chegaram à conclusão de que a violência da ocupação da ONU sob o governo interino apoiado pelos EUA – de fevereiro de 2004 até abril de 2006 – continua até hoje, apesar da eleição do presidente René Préval...

Traduzido pelo CeCAC do original em inglês, disponível em:
http://www.berkeleydailyplanet.com/article.cfm?issue=09-08-06&storyID=25029

Veja também imagens da ocupação do Haiti em:
http://gallery.cmaq.net/album52
http://www.haitiaction.net/News/HIP/5_8_5/out/index.htm


Este relato se encontra em www.cecac.org.br

A LUTA NO HAITI, por Michael Deibert


La Lucha de Haïti : De Toussaint Louverture a Jean-Bertrand Aristide...

Entrevista com o jornalista e escritor Michael Deibert concedida a Rodrigo Montealegre da AlterPress em Março de 2007. Michael Deibert faz uma análise histórica e cultural do Haiti, quando esteve lá como correspondente da Reuters entre 2001 e 2003 e escreveu o livro: "Notes from the Last Testament : The Struggle for Haiti" (ainda sem tradução para o português).


Rodrigo Montealegre : ¿Cuál es la lucha de Haití ?

Michael Deibert : La lucha de Haití es la batalla de doscientos años de los haitianos para instituir una democracia responsable y legítima en su país. En un país donde la mayoría de la gente no tiene acceso a la educación y al capital político y económico, la mayoría de la población está muy marginada del poder político. Los líderes políticos haitianos, debido a su incompetencia y mal gobierno activo, no han tenido éxito en encontrar las medidas apropiadas para mejorar las vidas de su pueblo. La comunidad internacional, incluyendo los Estados Unidos, está actuando con frecuencia de una manera inútil y a veces destructiva. En años anteriores, la lucha era con frecuencia entre la mayoría pobre y la minoría rica, entre una gente de piel negra y otra menos oscura. En años recientes, especialmente durante la década pasada, la realidad ha llegado a ser más compleja. Con la vuelta de Aristide a Haití en 1994, surgió una nueva clase negra económica y política, con sus intereses para proteger y ambiciones para defender. Estos intereses y el de la mayoría de la gente pobre no eran siempre lo mismo. Otro aspecto de esta lucha es la marginación de los campesinos del poder político en la capital. Hay luchas estructurales, económicas y políticas, y todas están conectadas.

RM : ¿Por qué Haití está pasando por esta lucha ?

MD : Las razones de la situación política en Haití son complejas. La herencia de la esclavitud y del colonialismo es parte de la razón, pero hay otras razones, ligadas, creo, a la debilidad de las instituciones gubernamentales en Haití. El poder judicial, la policía y otras instituciones, debido a la pobreza del país, son muy vulnerables a la corrupción.
Haití tenía una gran oportunidad para cambiar después de la intervención multinacional en 1994, pero los políticos haitianos y la comunidad internacional perdieron esta oportunidad. La comunidad internacional se marchó demasiado rápido, antes de que las instituciones del país tuvieran verdadero peso. Ellos deseaban un "quick fix", un arreglo rápido, pero Haití requería atención por más tiempo. Los políticos haitianos, especialmente pero no exclusivamente Aristide, no consiguieron construir sobre esta oportunidad ; prefirieron luchar para tener todo el poder político. Aristide procuró establecer cierto tipo de dinastía política pero el resultado fue anarquía y caos. Muchos de sus rivales eran igualmente despiadados, pero menos expertos. Lo que ahora vemos en Haití es una revolución inacabada. Sin embargo, en muchos aspectos, ahora la lucha en Haití no es muy ideológica. Tristemente y con frecuencia, es sobre puro poder. Los agentes políticos están luchando y la mayoría pobre está sufriendo.

RM : ¿Cómo es el clima político en Haití desde el gobierno de Aristide hasta el actual de Préval ?

MD : Históricamente, el clima político en Haití es uno de exclusión económica y de indiferencia por los derechos humanos básicos. Desde 1991 ha habido elecciones, pero los métodos usados por la gente en el poder no cambiaron mucho. Las elecciones solamente no igualan democracia. Una elección no es una excusa para hacer cualquier cosa que se desee, sin consideración de la constitución, la ley o la separación de poderes. Aristide, por ejemplo, fue un líder elegido democráticamente pero que no tenía respeto por las reglas de la democracia. Hemos visto esto en los Estados Unidos con las acciones políticas de la administració n de Bush también, detención sin juicio, uso de la tortura, etc. Estos actos van contra el espíritu y la letra de nuestra constitución. En Haití también vimos este desacato para la constitución de un país. Armar y organizar pandillas por el gobierno haitiano, incluyendo a muchos adolescentes, la destrucción de la separación de poderes, el uso de métodos violentos y corruptos para silenciar a la oposición política, éstos son los crímenes que no se pueden absolver por ninguna elección. Durante el gobierno interino que vino después de Aristide, entre 2004 y 2006, hubo también muchísimos abusos. Algunos de mis amigos fueron asesinados en ese tiempo. El uso de elementos paramilitares —por el dictador Francois Duvalier y su hijo Jean-Claude, por el ejército haitiano, por Aristide y su partido Famni Lavalas— ha servido también para debilitar las instituciones de Haití.
Préval, por su parte, es una figura compleja. No creo que él sea un criminal sanguinario como fueron algunos de los líderes de Haití, pero hay una opinión de que él es muy débil. Preval nunca fue implicado seriamente en actos violentos, y en Haití, eso es algo positivo. Conocí a un hombre haitiano que me dijo que, en los años pasados, la cosa más revolucionaria que se podía hacer en Haití era consolidar una institución. Eso era verdad entonces, y es verdad ahora.

sábado, 14 de abril de 2007

O MOVIMENTO NEGRO E O ESTADO...



ESTE É O LIVRO DE IVAIR AUGUSTO ALVES DOS SANTOS, COM APOIO DO CONSELHO DA COMUNIDADE NEGRA DE SÃO PAULO, TRAÇA A EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO NEGRO DESDE 1983 A 1987 DIANTE DA VISÃO QUASE (SEMPRE) MÍOPE DO ESTADO DE SÃO PAULO.

mAIS INFORMAÇÕES:

Ceert - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
www.ceert.org.br
++ 55 11 6978 8333

COBERTURA BRASILEIRA SOBRE SAÍDA DAS TROPAS BOLIVIANAS DO HAITI

Brasil tenta convencer Evo Morales a permanecer na Missão da ONU;
pressão para a saída em junhovem do partido governista.

Governo boliviano, que tem
218 militares em território
haitiano, argumenta que os
capacetes azuis estã a serviço
de Washington

O governo boliviano dá como ceta a restirada de seu pequeno
contingente militar integrante da missão de paz da ONU no HAITI, A
MINUSTAH. a saída deve ocorrer no início de junho, durante a renovação
das tropas, e preocupa o Brasil, que lidera os capacetes azuis e vem
tentando convencer o presidente Evo Morales a continuar no país
caribenho.

O motivo da retirada é a discordância com o perfil da missão. Para La
Paz, trata-se de uma "força de ocupação" a serviço dos EUA,
responsabilizado pela queda de Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro de
2004.

Aristide, atualmente exilado na África do Sul, saiu do país a bordo de
uma aeronave militar americana em meio a uma violenta onda de
protestos que reduziu seu governo praticamente à capital, Porto
Príncipe. O ex-presidente disse váras vezes que foi obrigado pelos EUA
a deixar o Haiti, acusação que Washington nega.
A interpretação do governo Morales coincide com a do governo
venezuelano. No mês passado, o presidente Hugo Chávez disse que o
Haiti é um "país tutelado" e sob intervenção americana.

Representantes de La Paz e Caracas têm dito temer que os EUA provoquem
um clima de instabilidade política e conflito social em seus países
para derrubar os governos locais, que seriam substituídos por forças
de paz da ONU manipulado pelos interesses amricanos.

A participação do Brasil na missõ no Haiti foi fruto de uma negociação
direta entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva e seu colega
amercano, Gerog W. Bush, em 2004.

Avião

Na tentativa de demover Morales, o governo brasileiro emprestou um
avião para que o ministro da Defesa boliviano, Walker San Miguel,
viajasse ontem ao Haiti para ver o trabalho da Minustah.

Na semana que vem, Brasília enviará a La Paz o general José Elito
Carvalho Siqueira, que comandou a Minustah durante cerca de um ano com
a tarefa de ressaltar a importância da participação boliviana.

Fontes do governo boliviano,no entanto, consideram que a decisão está
praticamente tomada. por se tratar de uma posição interna do MAS
(Movimento ao Socialismo), o partido de Morales.

Mas o alto comando militar boliviano resiste a deixar a missão no
Haiti. Em declarações à agência oficial de notícias, o comandante das
Forças Armadas no país, general Wlfredo Vargas, que "apelar à
compreensão da área política" do governo de Morales para continuar na
Missão do Caribe.

Ontem, o ministro San Miguel disse que a decisão oficial da Bolívia
sobre a permanência no Haiti só será tomada depois de sua viagem ao
país e de um seminário sobre o tema a ser realizado na semana que vem
em la Paz, do qual participará o general brasileiro Elito.

A Bolívia integra a Minustah (Missão de estabilização do haiti) desde
seu início, em junho de 2004, quando o Carlos Mesa governava o país.
Morales assumiu a Presidência em janerio do ano passado.

Segundo a ONU, a Bolívia mantém 218 militares no haiti, o equivalente
a3,1% das tropas. OBrasil tem o maior contingente, com 1212 homnes. Ao
todo, há 7 023 militares no país caribenho atuando sob a bandeira da
ONU.

Texto: Fabiano Maisonnave (Folha de São Paulo, 13 de abril de 2007)

BOLÍVIA PENSA EM RETIRAR TROPAS DO HAITI


Tropas bolivianas en Haití

Por Andrés Soliz Rada

Artículos de Andrés Soliz Rada editados en Rebanadas
Rebanadas de Realidad - Bolivia, 19/01/07.- El 5 de noviembre de 2006, la Liga Haitiana Antiimperialista dirigió una carta abierta a los presidentes Evo Morales de Bolivia y Lula da Silva de Brasil para pedirles el retiro de sus tropas de Haití, las que forman parte de la Misión de las Naciones Unidas para la estabilización de ese país, integrada, además, por Estados Unidos, Francia, Canadá, Argentina, Chile, Uruguay, Croacia, Ecuador, España, Guatemala, Jordania, Malasia, Marruecos, Nepal, Paraguay, Perú, Filipinas y Sri Lanka (www.anarkismo.net).

La carta recordó a Evo y Lula que la ONU "es un instrumentos en manos de las potencias imperialistas, particularmente de la superpotencia imperialista norteamericana". Añadió que es explicable la actitud de otros presidentes conservadores, neoliberales y reaccionarios, pero que se podía esperar una actitud más equilibrada y justa de otras autoridades que tienen mayor sensibilidad "frente al drama que sufre nuestro país, víctima, una vez más, de la política intervencionista de EEUU".


fonte:

Comissão Interamericana dos Direitos Humanos "visita" o Haiti

Comunicado de Imprensa
CIDH


Comissão Interamericana de Direitos Humanos

ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS
Nº 22/07

a comissão interamericana de disreitos humanos efetuará uma visita sobre a questão no haiti


Washington, D.C. 13 de abril del 2007 –

A convite do Governo do Haiti, a Comissão Interarmericana dos Direitos do Homem (CIDH) efetuará uma visita na República do Haiti de 16 a 20 de abril de 2007 com o objetivo de observar a situação dos direitos humanos no Haiti e recolher informações neste sentido incluindo em matéria de administração a justiça e a situação das mulheres e moças.

A CIDH ´um órgão independente da Organização dos Estados Americanos (OEA) que tem como principal responsabilidade assegurar o respeito e a proteção dos direitos do homem no Continente Americano. Os sete membros da Comissão são eleitos a título pessoal pela Assembléia geral da OEA por quatro anos. As atribuições da Comissão decorre da Carta da OEA e da Convenção americana relativa aos direitos do homem, os quais foram ratificados pela República do Haiti.

A delegação da CIDH compreenderá o relator pelo Haiti, a Comissionada Clare K. Froberts e o pessoal do Secretariado Executivo em Washington, D.C.


Durante sua estadia no Haiti, a Comissão vai encontrar os altos funcionários do Governo, os representantes da sociedade civil, notadamente as organizações não-governamentais e as associações de advogados e de juízes, assim como representantes da Missão Especial da OEAm, a Missão das Nações Unidas pela estabilização do Haiti (MINUSTAH) e o Alto Comissário das Nações Unidas pelos direitos do homem.

Em 19 de abril, a CIDH pretende organizar uma mesa redonda fim de incentivas o diálogo sobre a situação atual da justiça, os programas de reforma, as iniciativas e o impacto de tudo quanto se efere aos direitos humanos no Haiti. Este encontro tem por objetivo reunir os representantes do governo, a sociedde civil, os praticantes do direito e os defensores dos direitos humanos.

Durante o tempo em que estiver no Haiti, a CIDH estará disposta a receber petições de pessoas que alegam a violação de seus direitos humanos, ou outras pessoas. As petições deverão ser apresentadas por escrito e remetidas ao Escritóriofora da sede da OEA, situada na rua François Musseau, nº 4, em Porto Príncipe , Haiti, das 09:00 às 15:00, do dia 16 ao 20 de abril. Um modelo de formulário está disponível no Escritório a OEA e na página web www.cidh.org

No final de sua visita a Comissão emitirá um outro comunicado de imprensa e retornará à sua sede em Washington para avaliar os resultados que recolherá.

A Comissão exprime sua gratidão pela cooperação e instalação fornecidas pelo governo haitiano e as organizações não-governamentais, as instituições da sociedade civil e as organizações internacionais, notadamente a Missão Especial da OEA, no quadro de preparação desta visita.

VERSION EN FRANÇAIS...

COMMUNIQUĖ DE PRESSE
CIDH
Commission interaméricainedes droits de l’homme

ORGANISATION DESÉTATS AMÉRICAINS
Nº 22/07

lA COMMISSION INTERAMÉRICAINE DES DROITS DE L’HOMME EFFECTUERA UNE VISITE
SUR LE TERRAIN EN HAÏTI

Washington, D.C. 13 avril 2007 - À l’invitation du Gouvernement d’Haïti, la Commission interaméricaine des droits de l’homme (CIDH) effectuera une visite sur le terrain dans la République d’Haïti du 16 au 20 avril 2007 en vue d’observer la situation des droits de l’homme en Haïti et recueillir des informations à ce sujet, y compris en matière d’administration de la justice et sur la situation des femmes et filles.

La CIDH est un organe indépendant de l’Organisation des Etats Américains (OEA) qui a pour responsabilité principale d’assurer le respect et la protection des droits de l’homme dans le Continent américain. Les sept membres de la Commission sont élus à titre personnel par l’Assemblée générale de l’OEA pour quatre ans. Les attributions de la Commission découlent de la Charte de l’OEA et de la Convention américaine relative aux droits de l’homme, lesquels ont été ratifiés par la République d’Haïti.

La délégation de la CIDH comprendra le rapporteur pour Haïti, le Commissionnaire Clare K. roberts et le personnel du Secrétariat Exécutif a Washington, D.C.

Pendant son séjour en Haïti, la Commission rencontrera de hauts fonctionnaires du Gouvernement, des représentants de la société civile, notamment des organisations non gouvernementales et des associations d’avocats et de juges, ainsi que des représentants de la Mission Spéciale de l’OEA, la Mission des Nations Unies pour la stabilisation en Haïti et le Haut Commissaire des Nations Unies pour les droits de l’homme.

Le 19 Avril la CIDH compte organiser une table ronde afin d’encourager le dialogue sur la situation actuelle de la justice, les programmes de réforme, les initiatives et l’impact de ceux-ci sur le respect des droits humains en Haïti. Cette rencontre a pour but de réunir les représentants du gouvernement, la société civile, les praticiens du droit et les défenseurs de droits humains.

Pendant qu’elle sera en Haïti, la CIDH sera prête à recevoir des pétitions de personnes alléguant la violation de leurs droits humains, ou ceux d’autres personnes. Les pétitions devront être présentées par écrit et remises au Bureau hors siège de l’OEA sis au No. 4, rue François, Musseau, Port-au-Prince, Haïti entre le 9 heures à 15 heures, du 16 au 20 avril 2007. Un modèle du formulaire est disponible au Bureau de l’OEA et sur le site web www.cidh.org.

À l’issue de sa visite, la Commission émettra un autre communiqué de presse et retournera à son siège à Washington, D.C. pour évaluer les résultats qu’elle aura recueillis.

La Commission exprime sa gratitude pour la coopération et les installations fournies par le Gouvernement haïtien et les organisations non gouvernementales, les institutions de la société civile et les organisations internationales, notamment la Mission spéciale de l’OEA, dans le cadre des préparations de cette visite.