domingo, 17 de junho de 2007

Evento sobre o Haiti

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

Evento sobre a situação no Haiti

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

Evento sobre o Haiti no Colégio Stockler

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

Evento do Comitê Colégio Stockler sobre Haiti e América Latina

Quero relatar aqui brevemente como foi o evento no Colégio Stockler.

Chamado Projeto Resgate /Simpósio sobre a América Latina, o evento contou,desde a sua abertura, com a presença de historiadores, ativistas sociais, jornalistas, artistas plásticos e músicos, gente idealista e alunos interessados. Como vocês já sabem, está acontecendo desde o dia 13 e irá até o dia 16 de junho, no Colégio Stockler, no Brooklin.

Fomos convidados para falar no dia 14 e o Comitê dividiu a mesa e o tempo de fala com o José Arbex Júnior, editor da Caros Amigos, jornalista e professor, e Maurício Eráclito Monteiro Filho, ex-professor, jornalista, repórter e fotógrafo da ONG Repórter Brasil

Esta é uma escola que trabalha com poucos alunos, mas que busca prepará-los de fato, despertá-los para o mundo e sua realidade, ainda que brutal. E sempre é bom deixar claro que tais iniciativas sempre partem de professores com uma visão mais ampla e, neste caso, estamos falando do Professor Eduardo Montechi Valladares - quem nos convidou também.



O Comitê foi convidado a participar para falar sobre o Haiti. Fui eu a palestrante. Como foi estabelecido que o tempo de fala seria curto para que os alunos tivessem possibilidade de expressar-se - e todos os oradores concordaram -, a minha fala se prendeu a relevantes fatos históricos do país do passado e presente; breves dados estatísticos sobre o país e população, além das condições atuais de vida dos haitianos. A mesa apresentou o Projeto da Vaca de Leite para o Haiti e eu pude reforçá-lo, apresentando um ou outro detalhe.

Percebia-se na platéia professores, alunos, corpo administrativo e convidados deveras sensibilizados com o papel deste nosso comitê e os demais palestrantes fizeram questão de se posicionar ao lado das principais propostas que levamos, ou sejam:
1ª - Nossa inabalável posição contra as "tropas de paz" da ONU
2º - A cartas a serem assinadas exigindo que o Haiti receba de volta o dinheiro que pagou pela independência (com juros e correção), e exigndo que a ONU repasse o dinheiro arrecadado da comunidade internacional para a reconstrução do país

3º - O projeto de leite na comunidade de Pilate, na parte norte do país

José Arbex, o jornalista, lembrava a cada momento o quanto este país foi e está sendo castigado e pagando o preço pela sua insurgência. O professor Maurício a cada momento retomava o tema Haiti, dando força ao Comitê e à causa que abraçamos, sinalizando críticas bem construídas acerca da relação etanol- Haiti-trabalho escravo (antigo e moderno).

Aliás, quero agradecer aqui aos dois oradores pelo fato de terem usado muito do tempo de suas palestras com o Haiti. Ajudaram a explorar o tema, não porque é atual, e sim porque têm a consciência de que falar sobre América Latina hoje ou ontem sempre passa pelo Haiti.

Arbex colocou a questão de que América Latina foi um nome cunhado pela França de Napoleão III, para justificar o domínio num subcontinente e em função da disputa imperialista pela região, sobretudo entre França e EUA.

Maurício, ao discutir a questão do tarablaho na América Latina, fez ver que é preciso entender que uma ajuda internacional ao Haiti tem a ver com a solidariedade e criação de empregos e não com armas.

Os alunos fizeram três perguntas bastante interessantes: Qual a solução para o Haiti? Como é a questão da emigração? e, por fim, como funciona o Comitê?

Foram respondidas e novamente o Arbex e o Maurício colaboraram retomando o tema Haiti, nos momentos em que responderam a questões e se despediram do público presente..

Foi dada a idéia de os alunos colaborarem com a compra de um quadro. Passaram o chapéu literalmente e um quadro foi sorteado. Daí, vem a parte cômica. Para efeito do sorteio, resolvi que teria que ser uma data histórica do Haiti. Ninguém da platéia havia nascido naquelas datas.

Passei, em seguida, por sugestão do Arbex, a utilizar datas nacionais brasileiras e também não resultou nenhum sorteado - o que arrancou um comentário divertido do Arbex: "Ninguém de vocês nasceu ?

Por fim, a platéia decidiu oferecer o quadro à escola. Mas o diretor, Agostinho,bastante culto e amante das artes, comprou um quadro e o ofereceu ao Maurício por ter sido professor desta escola por algum tempo e que se afastou para trabalhar em uma Ong de jornalistas que realizam um trabalho de peso investigando o trabalho e sua aplicação no Brasil.

Enfim, só tenho a agradecer a oportunidade que nos foi concedida pela escola através do Professor Eduardo Montechi Valladares, porque pudemos colocar o Haiti em pauta. Agradeço aos amigos de mesa e palestra e de luta: Arbex e Maurício pela força, pelo alinhamento e, sobretudo, por participarem do universo da solidariedade. Também a todos do Comitê pela força que têm tido de levar adiante essa luta - que não é pequena - e revelado ao mundo que nos ouve quais são os nossos propósitos. Obrigada a todos que colaboraram à sua maneira e aos que nos deram força para seguir brigando para que este país não seja esquecido e abandonado à sua sorte.
Obrigada a todos vocês por me escutarem e lerem estas palavras.

Lúcia Skromov

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Comunicado à imprensa do Grupo de apoio ao Haiti –



Boas notícias! Como resultado das ações legais de uma firma de advogados de Miami, e de uma forte campanha de ONGs do Haiti, América Latina e Caribe, e da Europa, levada a cabo na semana passada, o governo da Suiça anunciou na sexta-feira que estendeu o prazo de congelamento da conta de Jean-Claude Duvalier no banco Suiçoo por mais três meses.

O dinheiro, 7.6 milhões de francos suiços (3.1 m.Libras/6.2 m. dólares dos EUA), Estiveram congelados durante os últimos 5 anos, enquanto o governo do Haiti solicitava a sua liberação, mas ia se entregue a Duvalier no dia 3 de junho.


Agora as contas permanecerão bloqueadas por mais três meses a partir de 3 de junho, de acordo com o port-voz do governo suiço, Oswald Sigg. Disse ele que agora o governo suiço tentará arrumar a situação com a família Duvalier e representantes do governo do Haiti.O porta-voz acrescentou que a intenção do governo suiço é a de ainda encontrar uma solução favorável para o governo do Haiti.

Parabenizamos a Marc Henzelin, o advogado dos haitianos, Etzer LaLanne e ao Padre Gerard Jean Juste, que obtiveram a ordem da Corte estatal de Genebra para bloquear uma das contas de Duvalier na Suiça em relação a uma audiência apresentada na Corte de Miami, EUA em 1988.

Também parabenizamos à Plataforma Haitiana de Apoio ao Desenvolvimento Alternativo (PAPDA), à Rede Européia da Dívida (Eurodad), à Plataforma suiço-haitiana, Jubileo Sur Américas, à Plataforma de apoio ao Haiti de GB-Irlanda,
e à Coordenação Europa-Haití por solicitar às autoridades Suiças para deter a liberação das contas de Duvalier.



O Grupo de Apoio ao Haiti escreveu hoje ao Ministro das Relações Exteriores do Haiti instand- a aproveitar a oportunidade prevista para a extensão do congelamento e apresssar-se a apresentar a documentação que prova que o dinheiro de Duvalier foi acumulado como resultado de ações criminais e corruptas durante a ditadura. Contra a apresentação destas provas o governo suiço se verá obrigado a devolver alguma coisa, ou talvez todo, o dinero às autoridades haitianas. O dinheiro então poderá ser utilizado para programas sócio-econômicos para ajudar a cobater a pobreza e estimular o desenvolvimento econômico do Haiti.

Enviado como serviço ao Grupo de apoio ao Haiti –solidariedade com a luta do povo haitiano pelos direitos humanos, a democracia participativa e odesenvolvimento eqüitativo- a partir de 1992.

Website: www.haitisupport. gn.apc.org

domingo, 10 de junho de 2007

DADOS DEMOGRÁFICOS DO HAITI

População: 8,4 milhões de pessoas
Média de cescimento anual (entre 1995-2000): 1.8%
Superfície : 27,750 km²
Grupos étnicos: 95% afrohaitianos; 5% mulatos e outros
Religiões: 80% católicos (a maioria praticante de vodu); 16% protestante.
Regime político: democracia presidencial (com intervenção militar estrangeira)
Chefe do Estado: Presidente René Préval
PIB per cápita (US$): 1.270
Taxa de mortalidade infantil (em cada 1000 nascidos): 83
Alfabetismo (H/M): 47/42 %
Desemprego urbano (média em 1999): 70 %
População abaixo da linha da pobreza: 67%

Fontes
População: UNICEF 2001
Taxa de crescimento: (1995-2000) CEPAL
PIB per cápita: Panorama Social 1999-2000, CEPAL
Superfície: Almanaque The New York Times, 1999
Grupos étnicos: Idem, Contrastado com o Guia do Terceiro Mundo
Religiões: Idem
Mortalidade infantil e alfabetismo: UNICEF, 2001
Pobreza: Panorama social CEPAL 99-2000
Desemprego: OIT Panorama Laboral 2000

CIFRAS DRMÁTICAS DE UMA NAÇÃO (QUASE) ESQUECIDA: COM QUANTOS HAITI´s SE FAZ UM BRASIL DESIGUAL?


Os dados abaixo foram apresentados ao mundo há exatamente um ano, porém são resultantes de um Censo aplicado no ano de 2003, pouco antes de o presidente Jean Aristide ser retirado do país por tropas estadunidenses. Trata-se, portanto, do primeiro Censo Demográfico sobre o Haiti ao cabo de quase três décadas.
O documento revela, segundo dados que atualmente já são questionáveis, que metade da população haitiana tem menos de 20 anos, dos quais 33% sofrem com desemprego e o índice de matrículas escolares não alcança 49%. A mortalidade materna, ou seja, o número de mortes de mães, em decorrência da falta de cuidados médicos na hora de parto, é a mais alta de todo o continente: são 523 mortes em cada 100.000 nascimentos.
O Censo foi implementado em cinco etapas pelo Ministério das Finanças e pelo Instituto de Informática e Estatística haitianos e é o quarto realizado no país: 1950, 1971, 1982 e 2003.
Hoje, a nação haitiana possui 8,4 milhões de habitantes e também os indicadores sociais mais alarmantes do hemisfério: crescimento demográfico de 5% ao ano (pouquíssimo, dadas as mortes por inanição, violência e enfermidades causadas por falta de saneamento básico, sem contar a freqüência de desastres naturais que assolam a região e atingem em cheio um país que não possui sequer capa vegetal capaz de deter ventos e furacões). Além disso, cada mulher tem, em média, 4 filhos e a expectativa de vida é de 56 anos para mulheres e 53 para homens. A urbanização alcança míseros 40%, já debilitados por falta de manutenção, e somente 59% dos adultos são alfabetizados.
O drama do Haiti só piora, quando os estudos revelaram que uma entre 14 crianças morre antes de completar um ano de idade.
O Fundo das Nações Unidas para a População, que colaborou financiando o Censo, manifestou a necessidade de se dedicar mais recursos, principalmente à comunidade internacional, para a educação e saúde reprodutiva, dado o panorama em que se encontra a sociedade haitiana: eminentemente jovem. Não é exagero dizer que a população haitiana sente na pele o descaso e a crueldade das políticas internacionais do capitalismo e está sendo dizimada de modo vil.

Fontes:

Población: UNICEF 2001
Tasa promedio de crecimiento: (1995-2000) CEPAL
PIB per cápita: Panorama Social 1999-2000, CEPAL
Superficie: Almanaque The New York Times, 1999
Grupos étnicos: Idem, Contrastado con Guía del tercer mundo
Religiones: Idem
Mortalidad y alfabetismo: UNICEF, 2001
Pobreza: Panorama social CEPAL 99-2000
Desempleo: OIT Panorama Laboral 2000

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Danny Glover produz filme épico sobre o líder haitiano Toussaint Louverture




As telas do cinema mundial preparam-se para assistir a um épico sobre a história haitiana realizado pelo ator americano Danny Glover (astro da saga Máquina Mortífera). Simpatizante do governo chavista desde 1999, Glover terá o apoio da Villa del Cine, estúdio estatal venezuelano criado em 2006, segundo palavras de Chávez, “para combater a ditadura de Hollywood e difundir a história da América Latina”.

A expectativa é de que o longa, graças à verba de que dispõe, circule por vários mercados cinematográficos. Com o apoio de co-produtores, a produção terá um budget de 30 milhões de dólares e irá contar a história de François Dominique Toussaint-Louverture (1743-1803), um dos maiores revolucionários do Haiti.

Há quem não concorde totalmente com o projeto: “Rodando na Venezuela, o filme custaria um terço do que custará em Hollywood”, afirmou à Variety Lorena Almarza, diretora da Villa del Cine, que atualmente está produzindo Miranda regresa, uma biografia sobre o revolucionário venezuelano Francisco de Miranda, e uma série sobre Ezequiel Zamora. O estúdio também já anunciou a encenação de mais um livro de Gabriel García Márquez, El general en su laberinto.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

EX-DITADOR QUER SACAR DE BANCO SUÍÇO O DINHEIRO DO POVO HAITIANO




Suíça, Jean-Claude Duvalier, também conhecido como Baby Doc, reinvindicou aos bancos suíços seu "direito" em sacar os mais de 7,1 milhões de dólares adquiridos por sua família desde a ascenção de seu pai, o sangüinário ditador François Duvalier, o Papa Doc.

Entidades civis e redes de solidariedade internacional defendem não só o bloqueio para Baby Doc, mas a devolução desse montante aos cofres públicos do Haiti, já que esse dinheiro é fruto de anos de roubos, saques, abuso de poder e exploração contra o povo haitiano.

Segundo autoridades suíças, os bancos esperam provas mais concretas da origem ilegal do dinheiro. Não se pode mesmo esperar muito de um país que ganha milhões com lavagem de dinheiro vindo de todas as partes do mundo. Mas se para eles, tudo o que importa são cifras, ainda assim, ficará difícil de disponibilizar a quantia para Baby Doc, já que a pressão internacional faz com que a Suíça recue. Muito embora, essas mesmas autoridades tão notoriamente neutras tenham feito o estapafúrdio comentário sobre não ter provas suficientes que incriminassem o ex-ditador.

Para o historiador haitiano Michel Soukar, que concluiu recentemente um estudo sobre as operações ilícitas da ditadura no Haiti, há ligações da ditadura com a máfia nova-iorquina e contratos com empresários estrangeiros que liquidaram de vez as reservas do país em prol da família Duvalier e de seus asseclas.

A ditadura no Haiti perdurou 29 anos, foram incontáveis os abusos aos direitos humanos, assassinatos, perseguições e torturas indiscriminados. E durante esse mesmo período, mais de 45% da dívida externa do país foi contraída, ou seja, houve declaradamente um saque das riquezas nacionais.

O Escritório das Nações Unidas sobre Crime e Drogas estima que cerca de 2 bilhões de dólares provenientes de fundos públicos foram roubados. Segundo Paul Seger, representante dos órgãos suíços, em entrevista à Reuters, existe a intenção de se fazer um acordo para devolução do dinheiro: "O acordo preverá que a maior parte do dinheiro seja usada em projetos de natureza humanitária e social no Haiti", disse Seger, mas sem especificar quanto será devolvido.

A Suíça não quer sair perdendo, afinal nos últimos 20 anos para manter sua fachada mais ou menos limpa, viu-se obrigada a devolver quase 1,3 bilhão de dólares que haviam sido depositados pelo ex-ditador filipino Ferdinand Marcos, pelo ex-chefe de espionagem do Peru Vladimiro Montesinos e pelo general nigeriano Sani Abacha, ex-presidente. O que dirá a fortuna de Papa e Baby Doc?

Nos últimos 20 anos, a Suíça devolveu quase 1,3 bilhão de dólares que haviam sido depositados no país pelo ex-ditador filipino Ferdinand Marcos, pelo ex-chefe de espionagem do Peru Vladimiro Montesinos e pelo general nigeriano Sani Abacha, ex-presidente.

A dívida externa do Haiti é de 1,3 bilhões de dólares, dinheiro injustamente cobrado do país que carrega um dos mais tristes índices de analfabetismo do mundo: cerca de 45 a 50% de sua população (segundo dados recolhidos por observadores de direitos humanos, ONGs, ONU, Exército, já que no Haiti não há Censo Demográfico por falta de infra-estrutura mínima). A renda anual haitiana é a mais baixa do hemisfério ocidental: Us$500 per capita. E os índices de mortalidade materna e infantil são de 527 em cada 100.000 habitantes, e estão entre os mais elevados do mundo.


Tomando em conta que a população do Haiti seja composta por aproximadamente 6 milhões, esses números detectam a situação alarmante do país, onde taxas de mortalidade tendem a evoluir e de natalidade só decaem. Tanta penúria é reflexo de uma série políticas internacionais que condenaram a pequena nação caribenha ao pior dos sentimentos: indiferença.

Juristas argumentam que países pobres, especialmente onde as instituições foram devastadas por guerras e turbulências, precisam de assistência jurídica para recuperar dinheiro enviado ao exterior por líderes corruptos. Enquanto a Suíça defende uma implementação global mais rápida da convenção anticorrupção da ONU, que obriga os países a devolverem bens acumulados ilegalmente e o Haiti morre um pouco mais a cada dia.


Para consultar o que a imprensa brasileira tem a dizer, acesse:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2007/05/29/ult34u181915.jhtm
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1545478-5602,00.html