sábado, 14 de abril de 2007

COBERTURA BRASILEIRA SOBRE SAÍDA DAS TROPAS BOLIVIANAS DO HAITI

Brasil tenta convencer Evo Morales a permanecer na Missão da ONU;
pressão para a saída em junhovem do partido governista.

Governo boliviano, que tem
218 militares em território
haitiano, argumenta que os
capacetes azuis estã a serviço
de Washington

O governo boliviano dá como ceta a restirada de seu pequeno
contingente militar integrante da missão de paz da ONU no HAITI, A
MINUSTAH. a saída deve ocorrer no início de junho, durante a renovação
das tropas, e preocupa o Brasil, que lidera os capacetes azuis e vem
tentando convencer o presidente Evo Morales a continuar no país
caribenho.

O motivo da retirada é a discordância com o perfil da missão. Para La
Paz, trata-se de uma "força de ocupação" a serviço dos EUA,
responsabilizado pela queda de Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro de
2004.

Aristide, atualmente exilado na África do Sul, saiu do país a bordo de
uma aeronave militar americana em meio a uma violenta onda de
protestos que reduziu seu governo praticamente à capital, Porto
Príncipe. O ex-presidente disse váras vezes que foi obrigado pelos EUA
a deixar o Haiti, acusação que Washington nega.
A interpretação do governo Morales coincide com a do governo
venezuelano. No mês passado, o presidente Hugo Chávez disse que o
Haiti é um "país tutelado" e sob intervenção americana.

Representantes de La Paz e Caracas têm dito temer que os EUA provoquem
um clima de instabilidade política e conflito social em seus países
para derrubar os governos locais, que seriam substituídos por forças
de paz da ONU manipulado pelos interesses amricanos.

A participação do Brasil na missõ no Haiti foi fruto de uma negociação
direta entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva e seu colega
amercano, Gerog W. Bush, em 2004.

Avião

Na tentativa de demover Morales, o governo brasileiro emprestou um
avião para que o ministro da Defesa boliviano, Walker San Miguel,
viajasse ontem ao Haiti para ver o trabalho da Minustah.

Na semana que vem, Brasília enviará a La Paz o general José Elito
Carvalho Siqueira, que comandou a Minustah durante cerca de um ano com
a tarefa de ressaltar a importância da participação boliviana.

Fontes do governo boliviano,no entanto, consideram que a decisão está
praticamente tomada. por se tratar de uma posição interna do MAS
(Movimento ao Socialismo), o partido de Morales.

Mas o alto comando militar boliviano resiste a deixar a missão no
Haiti. Em declarações à agência oficial de notícias, o comandante das
Forças Armadas no país, general Wlfredo Vargas, que "apelar à
compreensão da área política" do governo de Morales para continuar na
Missão do Caribe.

Ontem, o ministro San Miguel disse que a decisão oficial da Bolívia
sobre a permanência no Haiti só será tomada depois de sua viagem ao
país e de um seminário sobre o tema a ser realizado na semana que vem
em la Paz, do qual participará o general brasileiro Elito.

A Bolívia integra a Minustah (Missão de estabilização do haiti) desde
seu início, em junho de 2004, quando o Carlos Mesa governava o país.
Morales assumiu a Presidência em janerio do ano passado.

Segundo a ONU, a Bolívia mantém 218 militares no haiti, o equivalente
a3,1% das tropas. OBrasil tem o maior contingente, com 1212 homnes. Ao
todo, há 7 023 militares no país caribenho atuando sob a bandeira da
ONU.

Texto: Fabiano Maisonnave (Folha de São Paulo, 13 de abril de 2007)

Um comentário:

paula disse...

Li a reportagem,achei muito legal,meu amor ta em uma missao la da ONU.Ele é um dos militar k foram escalados pra ficarem seis meses lá.Acho legal isso, por que não só aqui, mas tambem ajudam la fora.Parabens pela reportagem feita.